quarta-feira, 18 de agosto de 2010

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Aprontou-se para ir à aula da tarde. Perdera as aulas da manhã com a desculpa de que passara mal durante a noite. Pesadelos, enjôo, sensações inexplicáveis. Acabou adormecendo às 3 da manhã e abrir os olhos para a vida às 6 se tornou impossível.

Dois ônibus passaram direto por ela. Praguejava a audácia daqueles motoristas. Entrou num terceiro que faria um caminho pouco mais longo. Sentara à janela.

Abriu o romance que vinha lendo e pairou o olhar quando uma frase chamou sua atenção:
“...e muitas coisas ainda, que Carlos nunca suspeitara pudessem dar prazer, formavam agora a continuidade do seu bem-estar.”

Lembrou-se de como era bom apaixonar-se. Desejou sentir novamente.
Em meio a pensamentos... Até ao que usar na festa a fantasia do próximo mês...

Inconscientemente, começou a prestar atenção na conversa que acontecia entre duas mulheres no banco atrás do seu:
“Eu disse a ele que queria fazer um piquenique. Nunca fiz nenhum. Ele até gostou da idéia, sabe, maaas...”

Esboçou um sorriso lembrando como todos os relacionamentos são únicos nas igualdades.
Pensou que devia anotar seus pensamentos. Mas seriam pensamentos interessantes esquecidos como outrora...

5 comentários:

  1. O parágrafo final fez a viagem do meu íntimo. Hahaha! Que bom que voltaste a escrever! Beijo, honey-honey

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  2. Leve como um pensamento, pesado como a dor da falta. Eu gostei do li, me vi nesse banco e te digo, muamba da minha vida, ser o que somos tem suas vantagens. Não se esqueça disso.

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  3. ah, ia me esquecendo. Escreva mais, meu benzinho. Você pode e deve! ;-)

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  4. "(...)ser o que somos tem suas vantagens. Não se esqueça disso."

    E estar onde estamos também tem suas vantagens.

    Bjteamo. Saudade de você.

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